Na década de 1860, o exército brasileiro não possuía o efetivo necessário para enfrentar o Paraguai. A solução foi abrir o voluntariado para homens em idade militar. Criou-se o Corpo de Voluntários da Pátria, no qual D. Pedro II foi o primeiro a se alistar.
Uma jovem cearense, Antônia Alves Feitosa, mais conhecida como Jovita, cortou o cabelo e se vestiu de homem. Assim travestida, alistou-se no Corpo de Voluntários da Pátria.
O disfarce foi descoberto e Jovita foi desmobilizada.
Inconformada, a jovem mudou-se para a casa de um tio, em Jaicós, no interior do Piauí. Tornou a se travestir e se alistou do contingente local. Novamente descoberta, foi submetida a um interrogatório, ocasião em que chorou copiosamente e confessou seu desejo de "vingar as compatriotas maltratadas pelos desalmados paraguaios".
Sabedor da ocorrência,
o presidente da Província, Franklin de Menezes Dória, futuro barão ver Loreto, numa atitude inusitada, autorizou o engajamento.
Jovita recebeu o fardamento, foi incorporada no posto de segundo sargento, com ordem de embarcar para o Rio de Janeiro, de onde partiria para o teatro da guerra.
Durante a viagem Jovita recebeu o apoio popular, sendo homenageada em Recife, Salvador e na Corte.
Dois meses depois de chegar ao Rio de Janeiro teve seu embarque negado pelo Ministro da Guerra. Vários apelos foram feitos, mas o ministro não retirou a proibição.
Desgostosa, Jovita se suicidou, aos 19 anos de idade, na capital do Império.
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