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Sérgio Lazzarini

FOLCLORE BRASILEIRO

O lado mais conhecido do nosso folclore é o que trata de festas e histórias assustadoras de animais estranhos. É a identidade cultural do nosso povo.

Monteiro Lobato conseguiu como ninguém descrever esse fascínio no seu " Sítio do Pica-Pau Amarelo ".

Um lugar onde sabugo de milho e boneco de pano são gente, como disse Gilberto Gil; onde Dona Benta, Tia Anastácia, Narizinho e Pedrinho, vivem o dia-a-dia envolvidos com as reinações do saci-pererê, com o medo do barulhento galope da mula-sem-cabeça.

O saci-pererê é um negrinho de uma perna só, cachimbo de barro na boca e capuz vermelho na cabeça.

Outro negrinho famoso é o Pastoreio, lenda muito popular no Rio Grande do Sul.

O " cão da meia noite “, cachorro enorme, corrida lenta, não molesta ninguém fisicamente, mas é um perigo para as mulheres adúlteras.

A história de como surgiu a vitória-régia, na região amazônica.

Outra lenda famosa é a do boto.

A sereia brasileira atende por mãe-d’água ou iara. Vive nos grandes rios e surge no final da tarde para atrair rapazes que leva para o fundo das águas.

O rio Amazonas é origem de muitas lendas, principalmente sobre grandes serpentes.

A história com Tupã, ordenando a separação do Sol e da Lua, que eram casados para criar o mundo.

O pássaro representa Uribici, uma noiva rejeitada pelo Cacique Ururau que pediu a Tupã para ser transformada em ave.

" Nana nenê, que a cuca vem pegar ". A "cuca" para crianças que se recusam a dormir ou insistir em continuar tagarelando quando já estão deitadas.

O curupira, um duende com cabeleira de fogo e calcanhares para a frente.

A mula-sem-cabeça, também provoca calafrios.

O lobisomem, lenda famosa em todo o mundo, meio lobo, meio homem.

O Círio de Nazaré, manifestação religiosa que acontece no segundo domingo de outubro em Belém, Estado do Pará.

O bumba-meu-boi, folguedo brasileiro da maior significação estética e social.

A riqueza do folclore brasileiro é imensa.

No Dicionário do Folclore Brasileiro de Luiz da Câmara Cascudo, descobre-se que até mesmo algumas iguarias de nossa culinária são folclóricas, como, a buchada de bode e a baba-de-moça.

A revista Kalunga publicou rica matéria sobre o assunto, e outras publicações sobre o assunto, ocasionalmente vem à baila.

- Tudo tem seu direito e seu esquerdo:- Má ou boa sorte, o direito e o esquerdo sempre tiveram suas preferências. O lado direito era visto como o da varonilidade; o esquerdo pertencia às mulheres. Se a mulher grávida sentisse o movimento fetal à direita, nasceria menino. Menina, se a esquerda. - Um conselho, não fale diante de um espelho:- Quando o espelho quebra sem motivo, é anúncio da morte do dono da casa. Na primeira semana de luto, deve ser imediatamente coberto. Não se deve colocar menino de peito diante dele, sob pena de lhe retardar a fala.

- A má sorte vem com um simples palito de fósforo:- Três fumantes não devem acender o cigarro no mesmo fósforo, pois um deles poderá morrer dentro de um ano. Nunca jogue um palito inteiro fora:- quebre-o primeiro.

- No tempo em que o lenço tinha história:- Não dê lenço de presente, pois chama lágrimas. E a pessoa presenteada deve dar outro presente de imediato. Uma recém-casada deveria morder o lenço numa extremidade antes de usá-lo para não esfriar as relações com quem a presenteara.

- Um costume antigo sobre o nome:- Segundo a tradição católica, deve-se respeitar um morto, nunca pronunciar seu nome de batismo, para não interromper seu repouso, mas apenas dizer:- o defunto, o finado, o falecido.


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