Recebida a missão de criar a França Antártica, Nicolas Durant de Villegagnon partiu do porto de Le Havre com dois navios imensos e
um navio menor, repleto de viveres. Levava 600 homens e a promessa de receber outros dez mil após a chegada.
Vencidas as dificuldades iniciais, muitos tripulantes abandonaram os navios, enquanto outros morreram durante a viagem. Ao chegar no Rio de Janeiro, Willegagnon contava, apenas, com 140.
Meses depois, ao invés de dez mil, só recebeu 300 colonos.
A França Antártica no seu apogeu teve pouco mais de meio milhar de habitantes.
Villegagnon não foi feliz. Desiludido, resolveu deixar o Rio de Janeiro em maio de 1559, para nunca mais voltar.
No forte Coligni, que ele fundou, deixou seu sobrinho Bois-le-Conte com cem homens.
Retornando a Paris, continuou frequentando a côrte. Apoiou os Guise e ajudou Catarina de Médici a combater os protestantes.
Morreu em 15 de janeiro de 1571, pouco antes da Noite de São Bartolomeu, noite em que foram assassinadas milhares de protestantes, inclusive o almirante Coligny, cujo cadáver foi arrastado pelas ruas de Paris, até ser atirado no Rio Sena.
Encerrou-se assim, a única tentativa de se fundar uma colônia protestante no Brasil.
Decorridos quase cinco séculos, Villegagnon permanece desconhecido. A ilha
onde ele construiu o forte Coligni, hoje é conhecida como ilha de Villegagnon. Nela funciona a Escola Naval.
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